A imponência da sede da Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea
(Coopfer), na Rua Manoel Ribas, na Vila Belga, dá uma ideia da
importância que já teve. A pintura amarela realizada durante a
revitalização da Vila Belga parece ter dado vida nova ao prédio de dois
andares, mas nada que se compare aos velhos tempos da ferrovia. Centenas
de pessoas passavam por lá todos os dias em busca de serviços
administrativos ou para ir ao setor de Fazendas, Calçados e Armarinhos,
que funcionava no andar térreo e oferecia produtos com preços bem mais
baixos do que o de mercado para os ferroviários e suas famílias.
Fundada
em 26 de outubro de 1913, a cooperativa chegou a ter 23 mil associados e
1,5 mil funcionários nas principais cidades do Estado. A administração
era feita em Santa Maria onde, ainda hoje, estão guardados muitos
documentos da época. Foi para ter um local adequado para esse serviço
que a cooperativa construiu a sua sede, inaugurada em 1º de março de
1932.
– O estilo do prédio é art déco, mas o letreiro com linhas
retas dá ao local ideia de modernidade – explica a professora e
pesquisadora Vani Foletto.
No prédio de dois andares, atualmente
trabalham sete pessoas, todas no setor administrativo da cooperativa.
Segundo o presidente da Coopfer, Adão Ledesma de Mello, 82 anos, além da
direção, passam pelo prédio cerca de 40 pessoas por mês, a maioria em
busca de informações sobre a Rede Ferroviária.
Há 10 anos, o
professor de História Rodrigo Coelho de Mello é um dos funcionários que
trabalham no prédio. Interessado pela história da cooperativa, ele está
catalogando todos os documentos e fotos. A iniciativa ajuda os
pesquisadores que vão ao local em busca de informações sobre o passado
da ferrovia e, é claro, sobre Santa Maria.
O professor acredita
que o futuro do prédio – e da Vila Belga como um todo – depende da união
de esforços para um tombamento como patrimônio nacional e da
humanidade. Isso, segundo ele, ajudaria a buscar recursos para a
manutenção e para as melhorias do local.
Segundo a procuradora
jurídica do município, Anny Desconzi, existem ações trabalhistas para o
pagamento dos funcionários da cooperativa envolvendo o imóvel. Por isso,
a chance de ele ser encampado pela prefeitura é pequena.
– A
cooperativa tem dívidas, não só com a prefeitura, mas com o Estado e o
INSS. A União poderia repassar o prédio ao município. É uma hipótese
remota, mas não impossível – afirma Anny.
Por enquanto, o certo é
que o andar térreo do prédio será alugado, provavelmente para uma
fábrica de móveis. A intenção é arrecadar fundos para a cooperativa, que
deve investir o dinheiro na reforma interna do prédio, bem desgastado
pela ação do tempo.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,1304,3733861,19447
Um grupo de alunos da Escola para Adultos do Colégio Centenário/Fames Esteve visitando a Vila Belga no dia 18 último. Penso que a comunidade ainda não despertou para a importância deste patrimônio, oxalá ocorra o tombamento e o reaproveitamento dos espaços com um centro cultural e um restaurante.Tenho certeza que atriria muitos turistas.
ResponderExcluirOlá Sonia!
ResponderExcluirConcordo contigo!!!
Queremos o melhor para a nossa cidade.
A Vila Belga está ficando cada dia mais bela. Espero realmente que logo possam restaurar tudo e que o público de Santa Maria possa aproveitar melhor aquele espaço.
Abraços!
Andrea