quarta-feira, 6 de julho de 2011

Padre Lauro Trevisan assumiu a cadeira 28 da Academia Rio-Grandense de Letras, em Porto Alegre



02/07/2011 | N° 2860

LITERATURA

Cerimônia ao lado de amigos

Padre Lauro Trevisan assumiu a cadeira 28 da Academia Rio-Grandense de Letras, em Porto Alegre

Figura ímpar em Santa Maria, com reconhecimento no país e fora dele, Lauro Trevisan, 76 anos, mais de 2,6 milhões de livros vendidos no Brasil e dezenas de títulos traduzidos para outros idiomas, tomou posse da cadeira 28 da Academia Rio-Grandense de Letras, na noite de quinta-feira, esbanjando energia. Com citações poéticas, ideias visionárias e pregando a fraternidade entre os homens, Trevisan agradeceu a honraria com um discurso fiel a como se apresenta: “escritor, conferencista e padre”, como lembrou seu paraninfo na cerimônia ocorrida no auditório lotado do Memorial do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Trevisan, ou padre Lauro, como é chamado, estava entre amigos. E foi preciso atrasar um pouco o início da homenagem porque a van cheia deles, vinda de Santa Maria especialmente para o evento, estava presa no trânsito da Capital. Padre Lauro recebeu a todos com abraços demorados e firmes apertos de mão. O empresário José De Nardin foi um dos calorosamente cumprimentados.

– Se você não viesse, eu suspenderia a sessão – brincou padre Lauro, abraçando o amigo.

O empresário fez questão de citar como as pessoas com quem encontra em viagens à Europa associam Santa Maria ao nome de Lauro Trevisan:

– A gente começa a falar com as pessoas, elas perguntam de onde somos. Quando ouvem Santa Maria, dizem “a cidade do Padre Lauro?”.

É o reconhecimento internacional que, para Letícia Raimundi Ferreira, justifica ainda mais a escolha de Trevisan para ocupar a cadeira que tinha sido de seu marido, Antonio Augusto Brum Ferreira, a quem no discurso Trevisan dedicou muitos minutos de elogios e saudade.

– O Antonio Augusto já tinha conhecimento da possibilidade de indicação do padre Lauro e julgava muito procedente. É um nome de destaque no Brasil e fora dele – disse a viúva.

Depois do juramento e de ouvir de Francisco Pereira Rodrigues, presidente da Academia Rio-Grandense de Letras, estar empossado, padre Lauro ouviu as boas-vindas de seu paraninfo e, então, recebeu o diploma, a insígnia de acadêmico e o microfone. Primeiramente, falou como escritor, relembrando pensadores e grandes nomes da literatura que o influenciaram, além de fazer questão de valorizar os livros impressos.

– O livro é paciente, sempre disponível, numa santa resignação no canto escuro de uma prateleira – ilustrou, falando como acadêmico pela primeira vez.

Em seguida, padre Lauro pediu licença para sonhar.

– Se a China construiu algo no formato de um ninho de pássaro, por que não podemos ter, às margens do Guaíba, um edifício na forma de um livro? – perguntou.

Na visão que padre Lauro disse ter tido, o prédio descrito em detalhes abrigaria um centro cultural, do qual faria parte a sede da Academia Rio-Grandense de Letras.

– Prometo entrar nos eixos da realidade a partir de amanhã, presidente. Pés no chão, sim, mas sempre com a cabeça nas estrelas – disse.

Já encaminhando-se para o final, o tom do discurso lembrou a figura de um padre. Trevisan citou uma poesia sobre o amor, sentimento que é “a chave do mestre Jesus para abrir as portas do céu”.

LORAINE LUZ|ESPECIAL

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,3373683,17455

2 comentários:

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    Abraços!

    Andrea

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