sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Paleontologia Itinerante

Padre Daniel (foto 1) foi um paleontólogo autodidata.

Tânea (foto 2, à esquerda) e Tânia estão contentes com o resultado da exposição

Fósseis (foto 3) com mais de 200 milhões de anos, encontrados na região, estão na Casa de Cultura


19/08/2009 | N° 2267 - Jornal Diário de Santa Maria

EXPOSIÇÃO

Paleontologia itinerante

Associação Padre Daniel Cargnin e UFSM expõem fósseis e materiais explicativos na Casa de Cultura

Padre Daniel Cargnin (1930-2002) dedicou sua vida à Igreja Católica e à paleontologia em Mata. Por interesse próprio, começou a descobrir uma infinidade de riquezas que a região central do Estado escondia e, com o tempo, conquistou espaço como paleontólogo e defensor da preservação do patrimônio fóssil da região. Em 2007, cinco anos após a sua morte, um grupo de voluntários criou a Associação Padre Daniel Cargnin (Apedac), instituição que, em parceria com a UFSM, leva para a Casa de Cultura de Santa Maria a exposição Fósseis da Região Central do Rio Grande do Sul.

Com o objetivo de preservar a história e o trabalho realizado pelo Guardião das Pedras, como padre Daniel era conhecido na região de Mata, oito amigos montaram a Apedac em Santa Maria. Hoje, eles estão entre 10 voluntários e fazem projetos, ações em diversas cidades e atividades beneficentes. Fósseis da Região Central do Rio Grande do Sul faz parte do museu itinerante e da exposição fotográfica da rota paleontológica da região central do Estado.

– O padre Daniel se preocupava muito com a educação, principalmente a das crianças. Por isso, como gostava de pesquisar sobre fósseis, sempre incentivava os pequenos a preservar o que fazia parte da história e do mundo – conta Tânea Franchi, uma das integrantes da Apedac.

Os fósseis da exposição fazem parte do Laboratório de Estratigrafia e Paleobiologia da UFSM. Eles foram encontrados em expedições da universidade realizadas a partir de 1998. Entre eles, há rochas, minerais, animais vertebrados e invertebrados e plantas do período triássico – um dos períodos da era dos dinossauros.

– Participei das expedições. Encontramos muitos fósseis na região central do nosso Estado. Eles são ferramentas muito importantes para mostrar para as pessoas como era o passado. Há 200 milhões de anos, o mundo era completamente diferente de hoje – explica o geólogo e paleontólogo da UFSM, professor Atila Augusto Stock da Rosa.

Tesouros da região – Fósseis, banners explicativos e fotografias da rota paleontológica da região ficam até o dia 30 de setembro na Casa de Cultura. O convite às escolas é feito pela 8ª Coordenadoria de Educação do Estado e pela Secretaria de Educação do município. Um dos propósitos da Apedac é fazer uma segunda exposição com o que os alunos produzirem, em sala de aula, após a visitação. Tudo para envolver a comunidade na causa do padre Daniel.

– A nossa região esconde muitas riquezas. Nós queremos mostrá-las para a comunidade e preservá-las – comenta Tânia Barbosa Pereira, integrante da Apedac.

Desde que foi inaugurado, em outubro do ano passado, na Câmara de Vereadores de Santa Maria, o museu itinerante não parou. Foi levado para a Feisma e encerrou o ano em uma instituição de Santa Maria. Em 2009, recomeçou em Mata, passou por São Pedro do Sul e, agora, está, de novo, na cidade.

– Nós queríamos fazer um projeto diferenciado. Apoiamos o desenvolvimento cultural, turístico, ecológico e científico da rota paleontológica do centro do Estado. Acreditamos que, sem educação, sem preservação e sem conscientização, não vamos chegar a lugar nenhum – comenta Tânea.

silvia.medeiros@diariosm.com.br

SÍLVIA MEDEIROS
EM RESUMO
- O quê: Fósseis da Região Central do Rio Grande do Sul, da Apedac
- Quando: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Até 30 de setembro
- Onde: Casa de Cultura, Praça Saldanha Marinho, s/ nº. Informações: (55) 3223-5925
- Quanto: de graça

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,1300,2622388,12947, em 21 Ago 09, às 15h26min

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